Amanheceu e eu me levantei, como em um dia comum, fui tomar banho e me arrumar, tinha que ir para o colégio. Me uniformizando e tomando meu café (ainda estava no 3º ano do Ensino Médio), quando para o celular do meu irmão ligam, era meu tio, uma péssima noticia foi anunciada... minha avó havia falecido. Automaticamente as lágrimas brotaram em meu rosto, mesmo assim fui para o colégio. Dia estranho peguei a condução e desci em frente do colégio. Entrei, fui para minha sala de aula, me sentei e fiquei quieta. Como um filme as cenas de cada momento, de todas as horas que estávamos juntas se passaram. O coração apertou, olhos se encheram de lágrimas, mais me mantive firme, nessa hora minhas amigas haviam chegado.Todos os três horários de aula e eu ali aérea, no intervalo as meninas me perguntaram o que acontecera. Contei a elas tudo, como uma onda elas vieram em minha direção e me abraçaram fortemente e eu chorei. Me acompanharam até a sala da diretora, pediram a permissão para que eu pudesse ir para casa e assim ela permitiu. Cheguei em casa, tomei um banho e deitei na cama da minha mãe, meu pai havia chegado de viagem me abraçou e chorou. Foi então que eu percebi que eu deviria ser forte e confortar minha família...
Um ultimo adeus, um ultimo olhar e as lembranças eterna de ter vivido uma parte da minha vida ao lado dela, da minha avó querida e amada. A minha contadora de história se foi, nos deixou aqui desamparados e agora? Agora é só continuar caminhando pelo bom caminho como ela sempre nos ensinou, a deixar orgulhosa lá de cima. Demorou muito pra mim entender que minha vó não estava mais aqui... tive que me desapegar daquela baixinha com as mãos poderosas para acalentar os netos. Adeus vó, nunca deixarei de te amar.
Por: Ana Paula Krystinne
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